Somente técnicos e profissionais de segurança sabem o quanto a conscientização dos trabalhadores é uma tarefa árdua.
Pra quem assistiu ao vídeo da publicação Acidentes de Trabalho: 27% não são comunicados ao INSS,
isso ficou ainda mais claro. Mas a referência de um profissional
“chato”, “exagerado” e “cri cri” pode mudar com ações como a Gincana de
Segurança idealizada por uma de nossas alunas, a Engenheira de Segurança
do Trabalho Shana Dziedicz, na empresa em que trabalha.
Durante cinco semanas, cerca de 600
funcionários da empresa espalhados pelo país estiveram divididos em
cinco grupos. Aquele grupo que acumulou o maior número de pontos através
de diversas tarefas ralacionadas ao tema da Segurança foi o vencedor.
As equipes aumentavam sua pontuação contemplando os regulamentos e
instruções de serviço espalhados pelos murais da empresa, enviando
sugestões para melhorar a segurança no trabalho, reportando aos técnicos
os “quase acidentes” bem como “práticas inseguras”, também participando
dos diálogos diários de segurança, e melhor ainda, elaborando DDS para
ser apresentados. Além desses exercícios diários, os funcionários
respoderam a um Vestibular de Segurança onde cada resposta correta valia
um ponto para equipe.
“A idéia é tratar de um tema sério, mobilizando a empresa de forma lúdica”,
explica Shana. Segundo ela, relatar todas as “práticas inseguras” e
“quase acidentes” é importante para que o SESMT possa saber o que está
acontecendo em toda empresa. O impacto que ações como essas causam nos
funcionários é bastante visível, a tendência é que a cultura da
segurança se dissemine a cada ponto acumulado pelas equipes. “Não é
sufuciente a definição de políticas, diretrizes, normas e procedimentos
para se atingir um nível adequado ou possível de segurança para o
trabalhador. É necessário que esse trabalhador, como integrante ativo do
sistema produtivo, possa participar do planejamento e desenvolvimento
das ações de gestão de segurança, avalia Shana Dziedicz.
O “quase acidente”
A ocorrência de Incidentes
indicam ao profissional de segurança do trabalho que há falhas na
prevenção, isto é, servem para alertar tanto a gestão de segurança
quanto os empregados de que a observação das normas de segurança não
estão sendo estritas. Portanto, o meio de usar os incidentes a favor da
segurança é comunicá-los imediatamente ao responsável direto.
A famosa Pirâmide de Frank Bird
explica que se houver um ato ou uma condição abaixo do padrão de
segurança e não for feito nada para corrigir essa falha, acontece o
chamado “efeito dominó”, passando da ocorrência de um “quase acidente”
para acidentes leves, acidentes graves e conseqüentemente ao topo da
Pirâmide, o acidente fatal.
Lê-se: Para cada acidente fatal,
antecedem-no 600 incidentes, 30 ocorrências com danos materiais e 10
acidentes com danos físicos leves.
Fonte: Informativo interno da Wartsila Brasil
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