terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O que é Anemômetro



Leitor(a): Caso você tenha interesse em continuar lendo os meus textos (novos e antigos), eles podem ser encontrados emwww.efecade.com.br. Dentro de prazo ainda indefinido (mas não dilatado), eles serão retirados do Recanto das Letras.


ANEMÔMETRO

Anemômetros são instrumentos que servem para medir a direção e indicar a velocidade dos ventos. Inspirados nos cata-ventos, eles são calibrados de forma a que o total de voltas dadas por suas pás correspondam a uma velocidade específica, ou seja, se no túnel de vento em que são ajustados a corrente de ar sopra a dez quilômetros por hora, e as pás do instrumento giram cem vezes por minuto, ele é programado para indicar 10 km/h sempre que o anemômetro atingir 100 rotações por minuto, e assim por diante.

Em geral há dois tipos de anemômetros, o de conchas e de hélice. O anemômetro de conchas é do tipo rotativo mais vulgar em que há três ou mais conchas de formato especial montadas simetricamente formando ângulos retos com um eixo vertical. A velocidade de rotação depende da velocidade do vento, independentemente da direção de onde ele sopra. O conjunto das conchas faz mover um mecanismo que conta as rotações e a velocidade do vento é calculada com o auxílio de um dispositivo de contagem. Os anemômetros de hélice são também do tipo rotativo. Um cata-vento mantém voltada para o vento uma hélice, cuja rotação é transmitida a um indicador.

Os ventos são causados pelas diferenças existentes no aquecimento da atmosfera, decorrentes da orientação dos raios solares, dos movimentos da Terra e outros fatores. Assim, como as regiões tropicais recebem a luz do Sol praticamente a prumo, em linha reta, elas são mais aquecidas que as regiões polares, e esse ar quente tropical tende a subir naturalmente, sendo substituído por massas de ar frio que se deslocam dos pólos. Esses são os ventos horizontais. Os ventos verticais ocorrem quando o ar rente ao solo se aquece, fica mais leve e sobe, sendo substituído pela camada de cima. Esse movimento acontece com maior ou menor velocidade, daí a necessidade de que se conheça a força com que sopra.

             Em outras palavras, durante o dia, o ar ao ser aquecido, por estar em contacto com a superfície terrestre (aquecida, basicamente, pela radiação proveniente do Sol), conduz a um aumento de volume e, por isso, torna-se menos denso (mais “leve”) e sobe. No entanto, à medida que o ar aquecido sobe, entra em contacto com ar mais frio (da sua vizinhança) e arrefece, o que provoca uma contração do volume desse ar, que, por isso, se torna mais denso (mais “pesado”) e desce. Como conseqüência deste processo o ar é obrigado a circular sob a forma de correntes de convecção (transmissão de calor nos líquidos ou nos gases, pelo movimento das camadas aquecidas), que estão sempre a ocorrer, quer em grandes áreas da superfície terrestre (desertos), quer em pequenas áreas (campo lavrado).

            Para medir essa variação na força dos ventos o contra-almirante e hidrógrafo da marinha inglesa, Sir Francis Beaufort (1774-1857) criou uma escala variável de 0 a 12, observando o que acontecia na superfície do mar e com as suas ondas nos momentos de maior ou menor intensidade do sopro de ar. Posteriormente essa tabela foi adaptada para a terra. Existem no globo terrestre regiões onde os ventos não param de soprar, pois os mecanismos de sua formação estão sempre presentes na natureza. São chamados de ventos planetários, ou constantes, e sua classificação abrange os ventos alísios, os contra-alísios, os ventos do oeste e os polares.

Por outro lado, fatores diversos provocam variações sazonais na intensidade e duração dos ventos chamados continentais, ou periódicos, que compreendem as monções e as brisas. Além desses, também devem ser mencionados os ventos locais, originados por outros mecanismos mais específicos presentes em determinadas regiões e condições locais, dos quais o mais conhecido é o que sopra nos vales e montanhas. 
 

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

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