Reportagem:
Juliana Nakamura
Fonte:
Equipe de obra - SENAI.
Conte
como você começou a trabalhar na construção civil.
Eu sempre tive muito interesse pela área de elétrica. Fiz curso de eletricista e trabalhei por sete anos como orçamentista focado em equipamentos de proteção contra incêndio. Mas houve um momento que senti necessidade de avançar mais um passo na carreira. Por isso, fiz um curso técnico de segurança do trabalho no Senac. Pesquisei a grade curricular e logo me identifiquei com a profissão, porque gosto muito de lidar com pessoas. Já como técnico, a partir de 2003, passei por algumas empresas de engenharia até chegar a essa construtora, onde estou há um ano e meio.
Eu sempre tive muito interesse pela área de elétrica. Fiz curso de eletricista e trabalhei por sete anos como orçamentista focado em equipamentos de proteção contra incêndio. Mas houve um momento que senti necessidade de avançar mais um passo na carreira. Por isso, fiz um curso técnico de segurança do trabalho no Senac. Pesquisei a grade curricular e logo me identifiquei com a profissão, porque gosto muito de lidar com pessoas. Já como técnico, a partir de 2003, passei por algumas empresas de engenharia até chegar a essa construtora, onde estou há um ano e meio.
Como
é seu dia a dia de trabalho?
Faço reuniões, palestras, fiscalizo e acompanho a utilização dos equipamentos de proteção, preparo relatórios etc. Hoje eu me revezo entre pelo menos duas obras. Normalmente, visito uma obra pela manhã e outra na parte da tarde.
Faço reuniões, palestras, fiscalizo e acompanho a utilização dos equipamentos de proteção, preparo relatórios etc. Hoje eu me revezo entre pelo menos duas obras. Normalmente, visito uma obra pela manhã e outra na parte da tarde.
Quais
as características importantes para o técnico de segurança do
trabalho?
É bom estar sempre informado, atualizado, ter desenvoltura e facilidade de comunicação. Também é interessante ser amigo, trazer o pessoal para o nosso lado. Assim fica mais fácil fazer todos entenderem a necessidade e a importância da segurança. O técnico de segurança do trabalho é um educador e um multiplicador. Por isso, é tão importante estar próximo das pessoas e conquistar a confiança delas. O curioso é que, no final, o pessoal fica amigo mesmo, vem pedir conselhos, desabafar problemas, buscar orientação.
É bom estar sempre informado, atualizado, ter desenvoltura e facilidade de comunicação. Também é interessante ser amigo, trazer o pessoal para o nosso lado. Assim fica mais fácil fazer todos entenderem a necessidade e a importância da segurança. O técnico de segurança do trabalho é um educador e um multiplicador. Por isso, é tão importante estar próximo das pessoas e conquistar a confiança delas. O curioso é que, no final, o pessoal fica amigo mesmo, vem pedir conselhos, desabafar problemas, buscar orientação.
Essa
proximidade lhe ajuda a conquistar o respeito das pessoas?
Eu felizmente tenho conquistado com facilidade esse respeito. É importante ter sempre em mente que o meu papel na empresa é garantir a proteção dos trabalhadores sem barrar o processo produtivo. A obra precisa andar, tem seus próprios prazos e processos. O técnico de segurança precisa, então, se adaptar a isso e trabalhar para que tudo aconteça da forma mais tranqüila e segura para todos.
Eu felizmente tenho conquistado com facilidade esse respeito. É importante ter sempre em mente que o meu papel na empresa é garantir a proteção dos trabalhadores sem barrar o processo produtivo. A obra precisa andar, tem seus próprios prazos e processos. O técnico de segurança precisa, então, se adaptar a isso e trabalhar para que tudo aconteça da forma mais tranqüila e segura para todos.
Mas,
nessa função, você também exerce a tarefa de punir, certo?
A gente procura evitar sair dando advertência para todo mundo sem critério. Isso só acontece quando é realmente necessário e, mesmo assim, primeiro damos uma advertência oral, para depois dar a advertência escrita. O meu papel é o de fazer com que todos compreendam a importância da segurança e o valor da vida. Eu sou um prevencionista, ou seja, devo evitar que o não-cumprimento das normas de segurança aconteça.
A gente procura evitar sair dando advertência para todo mundo sem critério. Isso só acontece quando é realmente necessário e, mesmo assim, primeiro damos uma advertência oral, para depois dar a advertência escrita. O meu papel é o de fazer com que todos compreendam a importância da segurança e o valor da vida. Eu sou um prevencionista, ou seja, devo evitar que o não-cumprimento das normas de segurança aconteça.
Qual
tipo de equipamento de proteção pessoal o trabalhador da obra menos gosta de
usar?
O cinto de segurança e os óculos de proteção. A gente precisa ficar sempre em cima para que o uso desses dois EPIs se torne hábito.
O cinto de segurança e os óculos de proteção. A gente precisa ficar sempre em cima para que o uso desses dois EPIs se torne hábito.
Há instrumentos específicos que você utiliza para exercer seu trabalho?
Temos, por exemplo, a aplicação do DDS (Diálogo Diário e Segurança). Nessa conversa, a gente reforça o compromisso com os procedimentos de segurança e também chama a atenção para alguns pontos críticos e situações de risco. A construtora em que trabalho também possui um sistema de gestão integrada, para o qual preparamos relatórios que ajudam a identificar e a corrigir eventuais falhas no processo. Há, ainda, o treinamento de integração a que todo novo funcionário é submetido. Nele, destacamos os cuidados com a ergonomia, o plano de emergência e abandono, apresentamos os EPIs etc.
Você tem notado maior valorização das questões relacionadas à segurança do trabalho?
Empresas como a que eu trabalho tratam o assunto com muita seriedade e não medem esforços para garantir a proteção de seu pessoal. Mas vemos que ainda tem construtora que não acordou, onde as ações de segurança são realizadas apenas com o intuito de não ser pega em fiscalizações.
Qual é o seu maior sonho?
Quero muito concluir o ensino superior. Cheguei a me matricular em uma faculdade e a cursar um período do curso de engenharia elétrica, mas por uma série de dificuldades interrompi o curso. Na verdade, eu quero continuar na área que atuo hoje, mas é preciso ser formado em engenharia ou em arquitetura, para fazer pós-graduação em segurança do trabalho.
Você passou por algum momento de crise ou dificuldade?
Teve uma época, em 2001, que a minha remuneração era muito baixa para sustentar uma família. Essa situação me fez pensar muito e tomar uma atitude: investir na profissionalização. Foi então que me matriculei no curso de segurança do trabalho e cheguei onde estou hoje. Sobre isso, aliás, tem uma frase de um filme que eu carrego como lição de vida: "A flor que desabrocha na adversidade é sempre a mais bela".
Portaria
Ministerial N.º 3.275 Atribuições do TST
DA
PROFISSÃO DE TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Ministério
do trabalho
No
uso de suas atribuições, considerando o disposto no art. 6º do Decreto 92.530,
que delega competência ao Ministério do Trabalho para definir as atividades do
Técnico de Segurança do Trabalho.
Art.
1º - As atividades do Técnico de Segurança do Trabalho são os
seguintes:
I
– Informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos existentes
no ambiente de trabalho, bem como orientá-lo sobre as medidas de eliminação e
neutralização;
II
– Informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as
medidas de eliminação e neutralização;
III
– Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de
risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença
de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou seu
controle;
IV
– Executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os
resultados alcançados, adequando-os as estratégias utilizadas de maneira a
integrar o processo prevencionista em sua planificação, beneficiando o
trabalhador;
V
– Executar os programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho com a participação dos
trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo
constante atualização dos mesmos e estabelecendo procedimentos a serem
seguidos;
VI
– Promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões,
treinamento e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o
objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos
técnicos, administrativos e prevencionistas, visando evitar acidentes do
trabalho, doenças profissionais e do trabalho;
VII
– Executar as normas de segurança referentes a projetos de construção,
ampliação, reforma, arranjos físicos e de fluxo, com vistas à observância das
medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por
terceiros;
VIII
– Encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, documentação,
dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais de apoio
técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e
auto-desenvolvimento do trabalhador;
Art.
1º As atividades do Técnico de Segurança...
IX
– indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio,
recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados
indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e
especificações técnicas recomendadas, avaliando seu
desempenho;
X
– cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao tratamento e
destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando o
trabalhador da sua importância para a vida;
XI
– orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos
procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou
constantes em contratos de prestação de serviço;
XII
– executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando
métodos e técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais
que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de
acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a
integridade física e mental dos trabalhadores;
XIII
– levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças
profissionais e do trabalho, calcular a freqüência e a gravidade destes para
ajustes das ações prevencionistas, normas, regulamentos e outros dispositivos de
ordem técnica, que permitam a proteção coletiva e
individual;
XIV
– articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos,
fornecendo-lhes resultados de levantamentos técnicos de riscos das áreas e
atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção a nível de
pessoal;
XV
– informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres,
perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as
medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos
mesmos;
XVI
– avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que
subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o
trabalhador;
XVII
– articular-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de
acidentes do trabalho, doenças profissionais e do
trabalho.
XVIII
– participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando o
intercâmbio e o aperfeiçoamento profissional.
Art.
2º As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão dirimidos pela Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho.
Art.
3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Fonte
Ministério do Trabalho e Emprego.
Descrição
de Cargo - Técnico de Segurança do Trabalho
Missão
do cargo
Supervisionar
as atividades ligadas á segurança do trabalho, visando assegurar condições que
eliminem ou reduzam ao mínimo os riscos de ocorrência de acidentes de trabalho,
observando o cumprimento de toda a legislação
pertinente.
Responsabilidade
Promover
inspeções nos locais de trabalho, identificando condições perigosas, tomando
todas as providências necessárias para eliminar as situações de riscos, bem como
treinar e conscientizar os funcionários quanto a atitudes de segurança no
trabalho.
Preparar
programas de treinamento sobre segurança do trabalho, incluindo programas de
conscientização e divulgação de normas de segurança, visando ao desenvolvimento
de uma atitude preventiva nos funcionários quanto à segurança do
trabalho.
Determinar
a utilização pelo trabalhador dos equipamentos de proteção individual (EPI), bem
como indicar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, quando as
condições assim o exigirem, visando à redução dos riscos à segurança e
integridade física do trabalhador.
Colaborar
nos projetos de modificações prediais ou novas instalações da empresa, visando a
criação de condições mais seguras no trabalho.
Pesquisar
e analisar as causas de doenças ocupacionais e as condições ambientais em que
ocorreram, tomando as providências exigidas em lei, visando evitar sua
reincidência, bem como corrigir as condições insalubres causadoras dessas
doenças.
Promover
campanhas, palestras e outras formas de treinamento com o objetivo de divulgar
as normas de segurança e higiene do trabalho, bem como para informar e
conscientizar o trabalhador sobre atividades insalubres, perigosas e penosas,
fazendo o acompanhamento e avaliação das atividades de treinamento e
divulgação.
Supervisionar
os serviços de cantina, vigilância e portaria, visando garantir o bom
atendimento ao público interno e visitantes.
Distribuir
os equipamentos de proteção individual (EPI), bem como indicar e inspecionar
equipamentos de proteção contra incêndio, quando as condições assim o exigirem,
visando à redução dos riscos à segurança e integridade física do
trabalhador.
Colaborar
com a CIPA em seus programas, estudando suas observações e proposições, visando
a adotar soluções corretivas e preventivas de acidentes do
trabalho.
Levantar
e estudar estatísticas de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do
trabalho, analisando suas causas e gravidade, visando a adoção de medidas
preventivas.
Elaborar
planos para controlar efeitos de catástrofes, criando as condições para combate
a incêndios e salvamento de vítimas de qualquer tipo de
acidente.
Preparar
programas de treinamento, admissional e de rotina, sobre segurança do trabalho,
incluindo programas de conscientização e divulgação de normas e procedimentos de
segurança, visando ao desenvolvimento de uma atitude preventiva nos funcionários
quanto à seguranç do trabalho.
Prestar
apoio à SIPAT, organizando as atividades e recursos
necessários.
Avaliar
os casos de acidente do trabalho, acompanhando o acidentado para recebimento de
atendimento médico adequado.
Realizar
inspeções nos locais de trabalho, identificando condições perigosas, tomando
todas as providências necessárias para eliminar as situações de riscos, bem como
treinar e conscientizar os funcionários quanto a atitudes de segurança no
trabalho.
Fonte:
FENATEST- Federação Nacional dos TST`s.
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